segunda-feira, 5 de junho de 2017

Aquele 1%

Leônidas era o delegado da cidade e chefiava uma equipe de policiais para combater o crime em sua cidade. Apesar de não parecer grande e forte como a maioria dos policiais, ele possuia uma habiliade muito boa que a maioria dos policiais desrespeitava. Ele possuía uma excelente visão logística e alocava os policias para trabalhar de modo eficiente.

O modo de Leônidas era tão eficiente, que ele fazia o possível para evitar que Jorge fosse descoberto. Afinal, Jorge era o matador e era encarregado de executar criminosos que certamente trariam mais problemas para a polícia local caso houvessem meras tentativas de prisão. O que era particularmente difícil pois ele geralmente precisava negociar com o necrotério para forjar autópsias.

Era apenas uma canetada não era? Geralmente era Fermando, o chefe do Necrotério, que arranjava essas coisas para o delegado. Ele sempre fazia a autópsia correta e guardava o documento em um lugar seguro, mas falsificava o documento final. Isso permitia a Jorge trabalhar do seu modo sem precisar responder processos e esse tipo de coisa burocrática que tornaria o trabalho mais lento.

E mesmo sabendo disso, Leônidas ainda tentava criar algum juízo no policial pedindo para que ele maneirasse nas execuções, pois ele não possuia controle total do que estava acontecendo, nem mesmo enviando Sandra, que geralmente testemunhava a favor de Jorge, dessa forma cometendo perjúrio, esse controle era possível.

Só que ela tinha um preço. Ela sabia que não era uma mulher muito bonita apesar de tentar se cuidar, mas cobrava seus favores do policial de forma sexual, uma vez que ela sempre teve tesão naquele homem que ela geralmente acompanhava nos trabalhos de campo. Sandra também negociava a liberdade de alguns homens que ela prendia sozinha com sexo. Muitos que foram prestar queixa sem ter muita orientação, acabavam sendo atendidos por Leônidas que debochava dos homens que foram violados.

Jorge foi um desses homens que foi flagrado por Sandra com um grupo de outros pivetes, cometendo crimes no centro da cidade. Ele apareceria 3 anos depois na polícia após ser pego assassinando policiais a sangue frio. O comportamente quase psicopata dele seria muito útil para evitar custos com psicólogos, e também isentavam Leônidas de precisar pagar um prêmio grande por cada cabeça. Um prêmio pequeno era o suficiente.

Apesar dos pesares, a alocação de recursos do delegado era impecável. O conhecimento de Sandra e o sangue-frio de Jorge permitiam que polícia prendesse uma grande quantidade de bandidos e executassem alguns de acordo com o julgamento do delegado, e Fernando evitava que o trabalho de Jorge fosse interrompido por qualquer tipo de burocracia

Apesar das falhas de caráter, ainda é a melhor forma que Leônidas arrumou para cuidar da cidade


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