sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Um Ensaio Sobre a Condição Pós-Moderna

Pra começar bem o ensaio. Existem duas grandes idiotices sobre a pós-modernidade

  • Dizer que a pós-modernidade é sobre a negação da verdade.
  • Se dizer pós-moderne e alegar que não existe verdade.

Eu não sou formado em filosofia, só tenho muita curiosidade e escuto um monte de gente falando sobre o tema, enquanto tento formar a minha própria linha de raciocínio. Tão importante quanto escutar a nova geração de youtubers filósofos, é talvez ler alguns livrinhos, e nas minhas pesquisas, o autor que dá uma síntese sobre a pós-modernidade é ninguém menos que Jean-François Lyotard.



Eu acho muito engraçado que as pessoas pra citarem filósofes pós-modernes vão citar sempre os homens que estão quase na esteira do iluminismo e da modernidade. Nietzsche e Michel Foucault, são figurinhas carimbadíssimas, e geralmente eles são muito citados por comunistas como "inimigos". Até onde eu entendo isso é até esperado porque um filósofo sempre tá tentando refutar o que o cara de trás tava tentando dizer. Isso obviamente não significa que essas pessoas não tenham viéses que quase sempre se distanciam das idéias de Karl Marx.

Além do mais, até onde eu entendo Karl Marx não foi filósofo nenhum. Se você colocar todo e qualquer estudioso como filósofo, aí Albert Einstein também é (e talvez o seja). A pessoa que seria o filósofo que dá a base para que Carlinhos faça seu trabalho é Hegel com a sua questão da dialética. Que é uma coisa que deveria até ser mais intuitiva. A gente entende as coisas por comparação e muitas vezes um conceito só existe em contraposição a outro: A gente sabe que uma coisa é rápida quando tem outra devagar pra comparar. Ou seja, uma coisa é mais rápida que outra, ou mais devagar que outra.

Eu aí é importante dizer que não é que as coisas sejam relativas umas as outras necessariamente, mas nós entendemos as coisas criando relações entre elas. A gente sabe que uma maçã e uma uva são coisas diferentes porque a gente é capaz de olhar pra elas e observar suas características físicas. Cor, tamanho, tenacidade, sabor, etc. etc. etc. Dá pra dizer que o Robertinho é mais forte que o Cleiton porque o Robertinho pega 50kg no Supino e o Cleiton só pega 30kg.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #91

Flambarda acordou pouco antes das 9:00. Ela ficou alguns minutos a mais olhando para o alto vendo as energias passeando pelo teto  e pensando no que está faltando. O que será que Fernanda sabe? O que será que Rain sabe? Qual é a verdadeira extensão de seus poderes como líderes de facções que operam nas sombras, mas bem embaixo de nossos narizes? Soltou então um suspiro, relativamente desamparada. Rolou para fora da cama, pegou algumas roupas e se deslocou até o banheiro vagarosamente. Ela fez o seu xixi enquanto bocejava e matutava a respeito do que estava acontecendo, ainda sem sucesso, e prosseguiu para colocar as roupas para se sentar à mesa da cozinha.

Jéssica, já tinha preparado a mesa, e tinha até se adiantado e servido a tigela de cereais que a sua filha geralmente come enquanto a TV, ligada na rede globo, transmitia o clássico programa da Ana Maria Braga. A mãe da detetive então se sentou a mesa e passou a fazer um sanduíche com pão francês enquanto se preparava para começar um diálogo.

- Não sabia que você gostava de vestido. - Jéssica provocou
- Que? - Flambarda ainda estava acordando.
- Eu não sabia que você gostava de usar vestido. Só vejo você andando de camisa e calça por aí.
- Que que cê tá falando, mãe?
- Da buceta do vestido que tá no chão do seu quarto. Porra. - A mãe perdeu um pouco da paciência.
- Ah. Desculpa.
- Hm. E qual é a do vestido.
- Bem... - A detetive estava pensando na melhor forma de explicar para a mãe. - Duas coisas. Foi um presente, e eu preciso disso pra trabalhar.
- Filha...
- Que foi? - Ela disse com a boca cheia.
- Você virou puta?

Naturalmente, antes de falar qualquer coisa, Flambarda cuspiu sucrilhos e leite pra tudo quanto é lado numa mistura de espanto com riso.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #90

- Bom, eu vou tentar resumir. - Flambarda continuou.
- Vai. - Pediu Fernanda.
- Cheguei lá, o povo se pegando, eu tava sentindo umas paradas meio estranhas, como se alguém estivesse mexendo nas energias do ambiente.
- Hm.
- Aí os cara me acharam, dei porrada em 2. 1 fugiu, mas o outro me contou um monte de coisa.
- Fácil assim?
- Não, eu mamei ele.
- Fácil assim?
- Sei lá. Parecia a coisa mais óbvia a se fazer.
- Mas ter alguém mexendo nas energias explica bastante coisa.
- Como assim?
- Oras, quer dizer que estão manipulando o ambiente pra induzir as pessoas a fazer alguma coisa.
- E pode isso?
- Poder pode. Se deve fazer aí são outros 500.
- Eita, cê já foi druida?
- Não, mas eu tenho que entender essas porras sendo quem eu sou.
- Hmmm...

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #89

- Que porra é essa? - Disse o homem
- Você me conta o que você sabe e ganha um boquete. - Flambarda levava seus dedos cada vez mais próximos ao pau do rapaz.
- Eu... Eu...
- Vai? Eu não vou morder, pelo menos não agora. - Ela provocou já dando uma pegada.
- Deixa só eu perguntar. - Ele dizia enquanto desabotoava a calça. - Você acredita em papo de espirito, elemento, e etc?
- O seu filho da puta. - A detetive mudou a mão de apoio para mostrar a destra onde estava a luva.
- Ah, sim. É... Desculpa, eu tô nervoso.
- Tá, eu sei, me conta direitinho enquanto eu faço o meu trabalho aqui. - Ela disse conforme amarrava o cabelo.

O rapaz provavelmente não sabia de tudo, mas sabia de alguma coisa. O trabalho dele e de seus amigos era de preencher o lugar com os elementos fogo e madeira, isso influenciaria as pessoas a serem mais receptivas e mais propensas a realizar atos lascivos. O próprio admitiu que talvez não estivesse tão falante e tão propenso a aceitar a proposta se não fosse o ambiente que eles criaram. Ele explicou que eram 3 equipes de 3 druidas que se revezavam. Sendo que um deles estava lá majoritariamente para relatar para superiores caso acontecesse justamente o que aconteceu.

Ou seja, isso seria relatado. Flambarda visualizou que meio que mandou pro espaço qualquer investigação furtiva acerca do que estava acontecendo. Se o Entrenós ou uma equipe não for atrás dela, pelo menos ela não entra mais na 2a2. Depois de fazê-lo gozar, a detetive buscou um guardanapo do bar para limpar a mão e foi se sentar do lado dele para conversar.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #88

"Tem pessoas indo e vindo, mas é estranho. Esse lugar tem basicamente fagulhas verdes e vermelhas. E eu sinto uma coisa estranha, como se alguma coisa estivesse tentando tirar alguma coisa de mim. Que caralhos tá pegando aqui? Eu to sentindo um gosto estranho, eu to sentindo alguma coisa vibrando sob meus pés, mas a música alta não faz isso. Eu meio que consigo sentir essa vibração."

Flambarda se levantou. Seus pés sentiam vibrações direcionais, as quais ela seguiu tentando ser discreta. O que era um pouco difícil mas ela contava com a total falta de atenção das pessoas se pegando para não ser percebida. Além disso, a jovem não conseguia se lembrar de qualquer vibração nas outras vezes que esteve ali. Só que o rastro dava direto na parede, como se tivesse algo ou alguém do outro lado puxando-a. Ela chegou a se apoiar por alguns segundos, e quando se desprendeu, as fagulhas luminosas bagunçaram. Por algum momento ela viu cores que não verde e vermelho, mas após alguns segundos, a porta se abriu e duas criaturas bem diferentes dos clientes habituais entraram no estabelecimento.

Assim como a detetive, eles não tinham as características luzes vermelho e verde, e pareciam também estar tentando evitar que elas escapassem de seus corpos de alguma forma. Ela tentou fazer a linha, e pra isso se aproximou daquele casal que antes estava tentando convencê-la a fazer algo. Na verdade eles estavam num beijo triplo com mais uma pessoa, mas parecia ser a melhor opção pra se tentar qualquer coisa. Aquelas duas pessoas que acabaram de entrar deixaram uma espécie de gosto azedo em sua boca, mesmo não tendo nem sequer interagido com elas, e era melhor evitar confusão.