quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #82

- É melhor você ligar pro socorro ou chamar alguém. - Disse Alabáreda
- Claro!

Flambarda procurou o celular na mochila, e felizmene não foi muito difícil de achar. O sinal não estava perfeito mas havia alguma coisa e talvez fosse possível contactar o 193. O que se passava pela sua cabeça era como explicar o que diabos aconteceu ali na plataforma e como diabos o agente de segurança foi parar lá e acabou desacordando porque seria a pergunta mais natural a se fazer. Pensar que ela precisaria responder isso - e dizer a verdade provavelmente não adiantaria de muita coisa - fazia com que ela hesitasse em suas ações, mas decidiu que seu companheiro - relativamente inseparável - estava certo. Ela pensaria em alguma desculpa assim que conseguisse ajuda. O telefone chamava enquanto ela subia as escadas procurando quem pudesse auxiliá-la.

A estação parecia meio fantasma. Pra não dizer totalmente, havia uma caixa ainda pra atender quem quer que fosse, se é que apareceria alguém, e pra sua surpresa quem apareceu estava do outro lado da catraca gritando.

- AJUDA POR FAVOOOOOOR - Gritou Flambarda.
- OOOOOOOOOI!? - A mulher respondeu
- ME AJUDA!
- O QUE QUE FOI!?
- O GUARDINHA DESMAIOU!
- VIXE!

A mulher parecia estar fazendo uma série de ligações, até que alguém finalmente atendeu na ligação que estava sendo feita no celular.

- Alô? - Disse a voz do outro lado do telefone
- Oi! Eu preciso de ajuda!
- Calma, senhora. O que está acontecendo?
- Miga. - "Senhora é a puta que te pariu", a detetive pensou enquanto conversava. - Tem um guardinha desmaiado aqui na estação de metrô.
- Qual estação?
- Engenho da Rainha.
- Estamos enviando uma viatura praí agora mesmo. Não mexa nele enquanto isso, por favor.
- Tá bom. - "Tá falando meio tarde, miga."