Eu te amo.
Mas dizer isso não basta. As palavras são levadas pelo vento. A escrita em algum momento se apaga. E eu só queria não ter errado tantas vezes.
Mas isso era possível? Será que um dia eu vou parar de errar? As evidências mostram que não. Conviver é errar. Quem convive, transita entre a linha cinzenta daquilo que é bom para si e para e outre. Pendendo, ora para um lado, ora para outro. E de fato, a gente sempre quer pesar para o nosso lado a gente quer o nosso melhor.
E se entre nós dois não tivesse essa linha. A gente apaga ela pra que não tenha mais o meu lado e o seu. Chega dessa forma individualizante de pensar. Eu não quero mais isso. Eu já quis, achei que as coisas seriam separadas porém convergentes. Só que tá impraticável. Isso não tá dando certo. Esse tipo de discurso vai fazer as coisas ruírem como já quase ruíram no passado.
Chega. Não tem mais divisão. A gente precisa mudar. Talvez você já tenha mudado e eu não tenha percebido, todavia, eu vou recomeçar do 0, e esse 0 é o ponto de partida onde o nosso amor já está estabelecido. A partir daqui eu preciso derivar para algo melhor. Dizem que é bandeira vermelha quando alguém diz que tá tentando melhorar pra você, mas isso é o pouco que eu posso oferecer.
Eu vou recomeçar quantas vezes forem necessárias. Pelo noso amor, sempre valerá a pena.