- Sabe. Acho que no final das contas é uma lição pra gente aprender a não pegar qualquer coisa do chão. - Disse Flambarda, sentando-se em uma das cadeiras de um vagão quase vazio.
- Ou de que não dá pra lutar contra o destino? - Indagou Fabiana.
- Bom, quando o destino da gente tá sendo escrito por outra mão, realmente é difícil. - Sofia concluiu.
Não tinha muito o que dizer após o fim de assunto dado pela jovem exótica. Talvez se as outras duas lessem mais, porém não era a fonte principal de cultura delas, então ficaram em silêncio pelo resto da viagem, observando as pessoas que entravam e saíam. O Vagão ficava mais e mais cheio, mas não parecia ter nada de errado. Era só gente. A detetive apenas via energia fluindo livremente para um lado e para o outro. Ela ergue a mão direita e a abriu, fazendo com que, na sequência, parecido com o que aconteceu no ônibus no outro dia, energias dançassem ali, quase como se a jovem pudesse canalizar as energias de formas especiais. Ela dançava com a mão e as energias dançavam junto, o que naturalmente gerou questionamentos por parte de suas amigas, que preferiram não desconcentrá-la.
Flambarda agora trouxe a mão esquerda, que passou a dançar junto com a destra com diversos movimentos aleatórios porque ela não fazia a mínima idéia do que estava fazendo de fato, apesar de estar se divertindo. Até que o metrô começou a sair da estação do Flamengo em direção a Botafogo, o que fez com que Sofia e Fabiana se levantassem. A detetive então perdeu a concentração e os elementais tomaram algum outro caminho conforme ela se levantou para seguir o fluxo. Bibi naturalmente perguntou de curiosa.