quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #71

- 2a2. - Flambarda respondeu na lata.
- Aquela lá na zona sul?
- Essa mesma. - Disse Sofia.
- Não gosto muito. Acho que tem melhores.
- Como é que você vai em casa de swing sem casal? - Flambarda perguntou.
- Bem... É complicado... - "Ahá! uma vulnerabilidade!"
- Tá bom, piranha. Eu vou descobrir em algum momento.
- Sou eu. - Sofia entrou na conversa de novo.
- Que!? - Flambarda e Fabiana disseram em uníssono.
- Eu que vou com ela nas casas de swing.
- Sofia! - Sandra parecia nervosa.
- Assim, vamo combinar, né, Flambarda. Vindo da Sofia, ela só precisava ter alguém pra ir. - Disse Bibi.
- E arrumou uma gostosa igual a Sandra. Acho que ela tá bem na fita - Completou a detetive.
- Saiba que se vocês me julgarem eu não to nem aí. - Sofia retrucou.
- Porra nenhuma! Acho que você tá certíssima!
- Isso aí! - Fabiana continuou. - A gente luta por essa liberdade! Se joga!

Um silêncio se instalou na sala por um momento. Todas sabiam porque estavam ali e quem estava em evidência. Os olhares se viraram para a druida. O livro de Wu Xing aberto sobre a mesa, pouco despertava o interesse das jovens agora, que talvez tivessem muito mais perguntas do que respostas, perguntas que certamente não seriam respondidas pelo livro, e talvez nem respondidas sejam, pelo menos não nesse momento. Flambarda decidiu fechar o livro com um pouco mais de força que o necessário para quebrar o clima e acabou assustando levemente Fabiana e Sofia, que olharam para a jovem com um olhar de espanto conforme ela voltou a falar.

- Então. Vamos pensar um pouco. Você já foi na 2a2; vai nas casas de Swing com a Sofia; Você é uma figura que se destaca na multidão, e em lugares desse tipo, deve ser carta marcada. Considerando que essas coisas acontecem de noite, você deve ter visto um malamorfo ou outro nesse seu passeio, mas se você sai com a Sofia, e ela nunca viu um, então, ou você é boa em rastrear elementos, ou a Sofia mentiu pra mim todo esse tempo. - Flambarda olha pra Sofia ao mesmo tempo em que pensa. - "Nossa, de onde eu tirei todo esse poder de dedução?"
- Não olha pra mim não! - Sofia se defendeu.