Sandra é alta, forte, usa roupa de academia preta, mas certamente não era nada que fosse comprado em C&A ou Riachuelo. Parecia que ela tinha dinheiro pra arrumar aquelas roupas boas de loja de esportes, além de ostentar um belo corpasso de atleta e era relativamente mais proporcional, diferente da Gracyanne, que tem lá seus méritos, mas não fazia Flambarda questionar a própria sexualidade como essa mulher estava fazendo sem nem mesmo tentar. Por onde ela passava, arrancava suspiros e há quem argumentasse que o trânsito da tijuca ficava mais lento no horário em que ela passava pra ir a academia que era a noite.
- É sempre nessa hora que você costuma vir pra academia? - A detetive perguntou.
- É sim. É a hora que dá, né?
- Eu super entendo.
- Já você pelo visto não tem rotina, né?
- É...
- Deu pra notar.
- Mas você já esteve na academia em outros horários também.
- Uma coincidência oportuna, talvez?
- É, você tem que me explicar melhor esse lance aí.
Elas chegaram juntas na academia, o instrutor Paulo já tinha saído, e isso parecia ser um alívio. Olhando ao redor a maioria das pessoas não parecia sequer conhecê-la, e por mais que ela usasse uma luva espalhafatosa, não parecia nem chamar atenção. Ela pretendia se manter assim, mas para isso precisaria dosar os exercícios severamente para evitar forçar o corpo demais e ativar as chamas, mas como fazer isso com Sandra do lado? Será que ela estava realmente pensando em fazer alguma coisa em dupla?